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Você costuma cantar músicas inventadas?

Atualizado: 28 de out. de 2022

Você vai até a cozinha abrir a porta da geladeira para nada e se pega inventando uma música… Ou então, está cantando aquela que não sái da cabeça, mas você não lembra como ela continua e inventa um final novo… Já se pegou em situações como essas?



A improvisação é a música criada no momento da performance. Alguns podem acreditar que o improviso se restringe ao que ouvimos em instrumentistas de jazz e blues, ou que é necessário um “talento” musical para tal.


Porém, há indícios de que o hábito de criar melodias é comum ao redor do mundo e que a maioria dos adultos improvisa na ausência de música e de outras pessoas. Um estudo recente investigou uma caracteríctica muito mais valiosa nessa forma de expressão e, acredite se quiser, os participantes não tinham experiência musical.


Os pesquisadores criaram um algoritmo para comparar se os improvisos cantados por 18 indivíduos com amusia (incapacidade de perceber música) e 15 não-músicos seguiam as regras da música ocidental relacionadas à tonalidade. No total, foram 924 gravações analisadas.


Dentre os participantes, 7 com amusia e 13 dos não-músicos foram melhores do que o esperado e terminaram as melodias com a tônica (padrão da música ocidental). No conjunto, o grupo de não-músicos foi melhor do que os com amusia, CONTUDO, individualmente, alguns deste grupo tiveram performances melhores do que o outro (um deles foi melhor até do que um barítono profissional com 11 anos de treinamento).


Esses indivíduos com amusia “estão cantando de um jeito que aderem ao sistema tonal, mesmo que tenham dificuldade em perceber isso”, disse Weiss, um dos autores. Isso prova que a improvisação cantada é uma ótima ferramenta para estudar tonalidade/afinação, aspectos fundamentais da musicalidade. E mais do que isso, prova que indivíduos com amusia podem SIM se beneficar com música!


Mas como o sistema tonal pode entrar na nossa cabeça tão facilmente sem a gente perceber ou sem nunca ter estudado teoria musical? Alguns aspectos universais da música podem explicar isso! Sim, essas qualidades estão presentes na música de todas as culturas ao redor do mundo.


  • Escalas musicais formadas por 5 a 7 sons/oitava: Parece ideal para não sobrecarregar a memória de trabalho;

  • Organização hierárquica dos sons: Na maioria das escalas musicais, os sons são organizados em graus desiguais, o que gera a sensação de que cada um dos sons da escala possui uma função diferente.


Viu só? Até a ciência está mostrando que não existe “talento especial” para fazer música. O que você está esperando para começar? Tudo o que você precisa está dentro de você!


E se você quiser expandir ainda mais seus conhecimentos da mente e do canto, abordamos a improvisação no “Canto para Ansiosos”, aulas de canto individual online, onde te ensino muito mais do que apenas cantar!


Referências:

Weiss, M. W., Peretz, I. (2022). Improvisation is a novel tool to study musicality. Sci Rep 12, 12595.

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