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A polarização entre eleger a ARTE ou a CIÊNCIA

Conhecemos o mundo com base em opostos. Razão e emoção, luz e trevas, direita e esquerda… Como educadora, devo dizer que isso é muito bom, pois facilita o entendimento das coisas… Por outro lado, é algo que nos separa. E nós sabemos muito bem disso, como estamos vendo nas eleições de 2022!


Nesse post vamos falar sobre duas áreas vistas como rivais há muito tempo: arte e ciência.



Por incrível que pareça, artistas e cientistas têm mais em comum do que se costuma imaginar! E ver essas áreas trabalhando juntas não é mais tão incomum, ainda mais com o reconhecimento que as Terapias Integrativas estão conquistando nas últimas décadas (como arteterapia, musicoterapia, etc).


Segundo o historiador Martin Kemp, o trabalho de ambos é feito de experiências, séries de tentativas, destinadas a explorar uma preocupação em comum ou expor ponto de vista.


Para o artista, o objetivo não é transmitir uma verdade literal, mas certo aspecto de uma verdade universal que possa seguir comovendo pessoas mesmo que o contexto não seja exatamente o mesmo.


Para o cientista, o objetivo é explicar a verdade de “agora”, substituindo uma antiga verdade, e ao mesmo tempo, aceita que essa teoria poderá um dia ser substituída por uma “nova ideia”, pois é assim que a ciência avança.


William Forde Thompson, pesquisador de cognição musical e compositor (Universidade de Toronto) complementa disse que artistas e cientistas seguem etapas semelhantes no desenvolvimento de seus projetos:


Uma etapa criativa e exploratória de busca de ideias (brainstorming), seguida de uma etapa de teste e refinamento. A segunda etapa é feita a partir de um procedimento-padrão, seja em um estúdio de música ou em um laboratório. Por exemplo, o músico segue um método de treino para refinar sua memória muscular e auditiva e o cientista segue o método científico para refinar seus resultados. Mas também são influenciados por outras formas criativas de solução de problemas.


“O que cientistas e artistas têm em comum é a capacidade de viver numa condição de interpretação e reinterpretação dos resultados de seu trabalho.” (LEVITIN, 2021, p. 11)


Assim como uma arte pode se tornar “obsoleta” ou fora de moda com a chegada de novos estilos, as pesquisas científicas estão sempre avançando e não é raro vermos um artigo desmentindo outro.


Portanto, ambos buscam a verdade. E sabem que essa verdade está ligada ao contexto, época, etc… e pode mudar dependendo do ponto de vista. Acima de tudo, “as verdades de hoje podem se tornar amanhã hipóteses irrefutáveis”.


Então, quem ainda acha que arte e ciência são coisas opostas, saiba que essa é uma verdade antiga que já foi substituída. Hoje a ciência se une à arte e comprova os benefícios dessa ligação na nossa saúde, desde sintomas de ansiedade, depressão, regulação do sono, até problemas de memória e de movimento.


A arte faz parte da natureza humana, e é papel da neurociência explicar esse assunto!

Referências:


LEVITIN, Daniel, J. “A música no seu cérebro: A ciência de uma obsessão humana”. 1ª edição. Rio de Janeiro: Objetiva, 2021.


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